A força do solilustração para textos sobre mercado solar

O aumento da capacidade instalada de geração de energia renovável no mundo bateu novo recorde em 2016 − 161 gigawatts (GW). E, pela primeira vez, a fonte que mais cresceu foi a solar fotovoltaica (47%), seguida pela eólica (34%) e hidroelétrica (15,5%). Os dados são do Relatório Estado Global das Renováveis (GSR) 2017, produzido pela Rede de Políticas de Energias Renováveis para o Século 21 (REN 21). “O mundo agora adiciona mais capacidade de energia renovável anualmente do que adiciona capacidade de todos os combustíveis fósseis combinados”, apontou o relatório.

Em relação à energia solar fotovoltaica (FV), o aumento foi de 75 GW ao redor do mundo em 2016, totalizando 303 GW. Isso equivale à instalação de 31 mil módulos solares por hora. O tamanho do mercado mundial de energia solar FV, como apontou o estudo do ano anterior, é cerca de 10 vezes maior que o de uma década atrás.

No fim de 2016, todos os continentes, exceto a Antártica, produziam energia solar. E pelo menos 24 países tinham mais de 1 GW de capacidade instalada. E ao menos 114, tinham capacidade superior a 10 MW.

O Brasil ainda não está neste seleto grupo, mas caminha para chegar a este patamar. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), ainda em 2017 o país terá capacidade instalada de 1 GW, vai chegar a seu primeiro gigawatt.

Pelo quarto ano seguido, a Ásia eclipsou os outros mercados, somando três quartos do acréscimo de capacidade instalada no mundo. Os cinco principais mercados (China, Estados Unidos, Japão, Índia e Reino Unido) representaram 85% do aumento. Completam os 10 maiores: Alemanha, Coreia do Sul, Austrália, Filipinas e Chile.

Se contar os países com maior capacidade instalada no total, os cinco primeiros são China, Japão, Alemanha, Estados Unidos e Itália. Um dos destaques apontados pelo relatório é o Japão, que ultrapassou a Alemanha. No entanto, levando-se em conta a capacidade per capita, a Alemanha continua liderando. É seguida por Japão, Itália, Bélgica e Austrália.

Confira abaixo mais informações sobre a geração de energia solar fotovoltaica no mundo.

Os Estados Unidos foram o segundo país com maior crescimento, embora tenham ficado bem atrás da China. Pela primeira vez, a energia FV foi a tecnologia que mais cresceu. Mais de 14,8 GW de capacidade  − quase o dobro de 2015 – foi instalado, totalizando 40,9 GW.

A energia FV desempenha um papel importante na América Latina e no Caribe, sobretudo com projetos em larga escala. O Chile foi o destaque na região, ficando em 10º lugar no acréscimo da capacidade instalada no mundo. O país adicionou mais de 0,7 GW em 2016, chegando a 1,6 GW. Já o México somou cerca de 150 MW, chegando a 0,3 GW.

A África, aponta o Relatório Estado Global das Renováveis (GSR) 2017, também está se voltando para energia FV com o objetivo de diversificar suas fontes e atender à demanda por eletricidade. Os custos estão caindo e novos modelos de negócio estão fazendo surgir novos projetos, embora muitos não tenham sido concluídos. Os líderes em acréscimo de capacidade instalada em 2016 foram a África do Sul (0,5 GW) e a Argélia.

A Ásia foi o continente onde a energia solar mais cresceu no mundo, o que já ocorre há quatro anos. A China adicionou aproximadamente 34,5 GW (126% em relação ao ano anterior), totalizando uma capacidade de 77,4 GW. Segundo o REN 21, o governo daquele país está investindo em energias renováveis por dois motivos principais: para evitar os graves problemas de poluição ambiental e para garantir o fornecimento de energia para a indústria.

O mercado do Japão foi o terceiro maior do mundo em 2016 − apesar de se contrair 20% após o boom de 2015. Isso foi o suficiente para o país ultrapassar a Alemanha e ocupar o segundo lugar para a capacidade cumulativa. Estima-se que 8,6 GW foram instalados, elevando o total do país para 42,8 GW. Outro destaque no continente foi a Índia, com acréscimo de 4,1 GW, o quarto país em que a fotovoltaica mais cresceu no mundo.

Na Oceania, o destaque é a Austrália, que acrescentou 0,9 GW, fechando o ano de 2015 com 5,8 GW. O mercado é predominantemente residencial, com aproximadamente 1,6 milhões de sistemas solares instalados.

A Europa se tornou a primeira região a ultrapassar o marco de 100 GW em 2016. Esse valor é 32 vezes a capacidade de 10 anos atrás. Cerca de 5,7 GW foram adicionados no ano, principalmente no Reino Unido, Alemanha e França. Juntos, esses países representaram aproximadamente 70% da nova capacidade conectada à rede. O relatório aponta ainda que o mercado é desafiador porque está transitando da política de Feed-In Tariff (FIT) – também chamada de tarifas prêmio – para sistemas de grande escala e uso de FV para autoconsumo em setores residenciais, comerciais e industriais.

Atualizado em dezembro de 2017, com informações do REN 21